segunda-feira, 2 de julho de 2018

CINOMOSE

Tentarei ser breve para expor minha experiência em tópicos:

1. O que é: CINOMOSE é uma doença viral terrível e altamente contagiosa. Eu digo isso por experiência própria. Minha labrador Marisol (7 anos) pegou cinomose porque teve um breve contato com uma cachorra que minha mãe adotou e não sabíamos que estava doente. Para saber mais: CINOMOSE.

2. SINTOMATOLOGIA CLÁSSICA:

- Perda de apetite
- Diarreia
- Febre
- Tristeza
- Hiperqueratose (nariz seco e com casca, almofadas das patas grossas - esse sintoma é clássico)
- convulsão focal
- mioclonia focal ou generalizada (tremores involuntários e intermitentes nos músculos, ex. tique de cabeça, focinho duro com movimento de mascar chiclete).
- Pneumonia (presença de secreção nasal purulenta)
- Conjuntivite
- Pústulas na pele (lesões, dermatites)
- Vocalização (gemidos, choros - dizem que é delírio)
- Agressividade (quando o neurológico está gravemente comprometido).

Se liga, os sintomas NÃO TEM ORDEM e não são concomitantes ou sucessivos. Por isso essa doença exige muita paciência do tutor, ela pode atingir o sistema digestório ou ir diretamente pro neurológico.
E é exatamente por isso que muitos animais não são precocemente diagnosticados, pois os sintomas mais leves podem ser confundidos com outras doenças. Fique atento.


3. SINTOMAS INICIAIS E DESCOBERTA (leitura opcional): Marisol estava com a vacina atrasada, porém já foi vacinada, ou seja, ela tem lembrança imunológica contra o vírus da doença. 
Tudo começou no dia 06/06 com tosse com expectoração. Era uma sexta e eu não dei muita bola porque ela já teve um quadro de tosses uma vez e se recuperou sozinha. 
Comecei a estranhar quando vi as fazes mole e a tosse não diminuía. Na segunda levei ao veterinário, fez um RAIOX e deu bronquite moderada; o HEMOGRAMA não apontou nada de imunidade baixa, apenas leucócitos mais altos, sinal de infecção (bronquite). Então tratei por uma semana a bronquite com acetilcisteína (fluimucil) e predsinona. Para as fezes, dei endogard porque a veterinária achou que as fazes e a bronquite poderiam ter sido causadas por um verme específico que esqueci o nome.
Uma semana depois, 16/06, retornei ao veterinário porque ela não teve melhora no quadro: tosse, fezes mole e tristeza. No decorrer da consulta, a veterinária verificou que ela estava com CONJUNTIVITE leve e na hora eu saltei e pedi que fosse realizado o teste da cinomose. O mesmo foi realizado por meio do ALLERE com colheita de mucosa nasal e ocular. POSITIVO. O mundo caiu. O que achei que poderia acontecer apenas com os outros estava acontecendo comigo (escrevo isso para você, caro tutor, se ligar que não estamos seguros). OBS: Eu pedi o teste porque eu sabia que Marisol teve contato com um animal doente. Se não fosse isso, continuaríamos tratando a bronquite (o que de fato foi feito).

4. QUARENTENA: após a descoberta, levei outras 3 cachorras que tenho para fazer o mesmo teste. Por incrível que pareça, elas não estavam doentes! A quarentena está sendo total porque como eu disse, a doença é altamente contagiosa e o vírus sobrevive no ambiente externo de boa. Até a roupa precisa ter cuidado. Todas foram vacinadas com V10 e reaplicarei com 21 dias em razão da exposição que tiveram com um animal doente.

5. EUTANÁSIA: Se você está lendo isso porque seu animal está doente, vou ser bastante sincera: trate de ter paciência! Eu conversei com mais de 8 veterinários e NENHUM recomendou a eutanásia porque a cinomose, apesar de difícil tratamento, TEM CURA! Eu vi vários perfis no instagram de animais que sobreviveram (@jupiterbrasileiro), basta pesquisar #cinomose #cinomosetemcura e conversar com as pessoas que trataram seus animais. O meu perfil é @marisollabs. Vou deixar minha opinião aqui: eutanásia é uma decisão de foro íntimo, cada um sabe até onde deve ir. No meu caso, optei por dar uma chance para ela lutar, no entanto, se eu perceber que ela está muito mal e definhando, não exitarei em escolher a eutanásia. Por que? É um animal de 43kg, não é fácil o deslocamento e o animal cai muito mais rápido que outro de porte menor. Quanto maior o animal, mais difícil é prosseguir até o final. Como eu disse, vai de cada um.

6. TRATAMENTO NO MEU CASO: Como eu disse no tópico 2, a doença pode se manifestar de forma mais clássica (mioclonia e convulsão) ou de maneira mais sutil. O meu caso foi sutil, a doença provocou uma bronquite moderada, conjuntivite, hiperqueratose do focinho e patas, pústulas na pele. Se eu não soubesse que ela teve contato com um animal doente, não teria sido descoberta precocemente. Não desconfiei da pele porque Marisol sempre teve problemas de pele. Por isso é importante que você conheça o seu animal! 
Pois bem, é preciso que você entenda que o vírus baixa a imunidade do animal e com ele surgem outras infecções oportunistas. NÃO EXISTE UM REMÉDIO QUE CURA A DOENÇA, ela é incurável, o que se consegue é cura clínica e, apesar de difícil ocorrência, a recaída é possível.
NUNCA DISPENSE A CONSULTA VETERINÁRIA.

Comecei o tratamento contra a bronquite: amoxicilina injetável por 8 dias (4ml no caso dela por ter 43kg) - não quis optar pela via oral por dois motivos: 1. eu veria a vet durante 8 dias. 2. teria que ser manipulado e ela estava com fastio, não seria fácil.

Paralelamente, iniciei o tratamento contra a cinomose: basicamente você vai ajudar o seu animal a se manter forte para combater o vírus, já que não existe remédio e sim paliativos para alguns sintomas:
- Vacina puppy nobivac: imunização ativa contra o vírus da cinomose e parvovirose. Inicialmente ela tomará 4 doses.
- Glicopan Gold
- Leucogen (se cadastre no site da ACHE que tem %)
- Apevitin BC
- Tombrex (conjuntivite)
- Organoneuro cerebral

Para combater a alteração hepática aguda detectada através de uma USG: silimalon. (2 comprimidos a cada 12h por 15 dias)

Fora isso, é necessário que o animal tenha uma alimentação mais forte. O que eu faço pra ela: abóbora, beterraba, cenoura, batata, arroz integral e frango - cozinho tudo e bato no liquidificador. 
Ela come esse caldo grosso, mas se fosse necessário, eu daria em uma seringa. Dividi a refeição dela para 3x ao dia, assim evito que ela vomite e/ou tenha diarreia. 
A hidratação ta sendo forçada, dou água de coco e diluo em água as vitaminas numa seringa de 20ml.
A noite dou papa de aveia misturada com o caldo ou com lata de cachorro. O que ela quiser comer espontaneamente. Amoleço a ração em leite sem lactose. 
Ovos cozidos pode dar sem restrição também.
Eu adotei essa refeição porque tenho ressalvas em fazer comida tipo fígado ou sardinha. Mas também é bom. Marisol também não gostou do fígado.
NÃO COLOQUE SAL, ÓLEO, TEMPERO OU AÇÚCAR NO ALIMENTO DO SEU CÃO.
Quiabo é muito comentado quando se fala em cinomose, no entanto, eu não acredito em milagres na fitoterapia, eu nem estou dando, mas um veterinário de plantão recomendou que eu desse quiabo cru batido no liquidificado com leite.

6. PACIÊNCIA: eu resolvi fazer essa publicação porque eu não encontrei na internet NADA de útil e fácil assimilação da doença. Coloquei em prática o seguinte ditado: para combater o inimigo é preciso conhecê-lo. 
Foi o que fiz, li artigos veterinários, conversei com outras pessoas pelo instagram que tiveram sucesso e insucesso no tratamento, pesquisei muito sobre o vírus. Enfim, me abasteci de informações para compreender o que estou enfrentando.
Compreendi que:
1. Paciência é a chave para o tutor prosseguir no tratamento, vez que a doença é uma roda gigante: ora ta tudo bem, ora ta tudo péssimo.
2. Não existe remédio milagroso, tudo é carinho e alimentação.
3. Não existe tratamento barato, então não adianta querer substituir as vitaminas e seguir uma linha fitoterápica, por exemplo, que não vai resolver.
4. Dê tempo ao seu animal. Se ele está parado, se levanta para o estritamente necessário, não force nada. Deixe-o a vontade, é seu organismo pedindo repouso para vencer o vírus.
5. Fase neurológica é complicada (eu NÃO passei ainda por essa fase), mas sei que, apesar de assustadora, é contornável. Não se assuste com os sintomas! Se ficar sequelas, existem terapias administradas em universidades veterinárias que fazem de graça pra você. Acompanho um cachorro que aos poucos recupera os movimentos das pernas.

A chave é paciência, amor, acompanhamento veterinário e alimentação.






quarta-feira, 13 de junho de 2018

Meu primeiro gato

Na verdade é uma gata, ela se chama Papinha. 
Eu nunca tive gatos e afirmo com todas as letras: não quero viver mais sem!
Eu não vou comparar gato com cachorro porque isso é impossível, são espécies diferentes. Dispenso esse ponto. 
Se eu fosse mais madura lá no passado, com certeza não teria comprado um setter irlandês, nem um labrador e nem teria adotado 3 cachorras. Amo todos de todo o meu coração! São meus filhos.
Se fosse hoje, eu iria pesquisar. É isso mesmo, muita gente comete erros que poderiam ser evitados com uma simples pesquisa ao invés de agir sem pensar.
Por que estou falando isso? Porque hoje eu vejo que gato se adéqua perfeitamente ao meu estilo de vida: sou preguiçosa e contemplativa. E ter um gato é basicamente isso: contemplar sua presença fofa, gostosa, maravilhosa, curativa e curti-lo de boa com sua preguiça somada a dele.
Gato é independente e se você souber estabelecer uma conexão com ele (sem criar como batata), ele se torna um companheiro incrível!
A maior parte do meu dia eu passo estudando e minha gata fica de boa num pufe ao meu lado. Faz várias poses lindas, as vezes sobe em cima das minhas coisas para mostrar como é irresistível! Mas nada de pressão, de querer sair, de estar limpando sujeiras, de babas, barulho... enfim, gato é paz e companhia.

Eu digo que essa é minha última turminha de cachorros. No entanto, como eu sou uma pessoa meio solitária e que ama animais, encontrei o animal de estimação perfeito pra mim, pro meu estilo de vida e personalidade.


É isso. Hoje o conselho que dou a qualquer pessoa que pretende ter um animal de estimação: pesquise e escolha aquele que melhor se adequar a sua vida, seu ritmo, seu espírito. Pode ser uma tartaruga, cachorro, pássaro. Só não aja por impulso como eu agi.

sábado, 7 de abril de 2018

7 anos

O tempo como sempre segue impassível.
Várias vezes já quis excluir esse  blog, mas por alguma razão eu não o fiz.
Muita coisa aconteceu nesse tempo... Algumas deixaram marcas cravadas em meu coração que as levarei para sempre, por exemplo, perder a Pérola.
É, ela se foi em outubro de 2015. Não vou me estender para não entristecer.
Com ela, muitos outros também se foram. Dolly, Pepeu, Luna, Lilica, Princesa.
E outros apareceram: Cristal, Nina, Vitória, Pité, Tieta.
Nem todos são meus, mas é como se fossem.

Esse é o Rocky hoje em dia:

Continua com todos os predicados de que já falei aqui. Fará 8 anos em 24/11.

Essa é a Marisol hoje em dia:

Um doce de cachorra. Uma super companheira. Fará 7 anos em julho.

É isso. 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

BRALA - Associação para lutar pelos animais



Tenho más notícias, aliás, tenho vivido uns maus bocados, por isso passei um tempo sem publicar nada por aqui.
Minha vida deu um giro de 180° para baixo, perdi o mais amava: Minha família.
Isso mesmo, a empresa da qual eu fazia parte faliu e isso repercutiu em toda minha família... A empregada lá de casa foi dispensada, depois veio a impossibilidade de manter a família, então eu e o meu marido decidimos cada um voltar pra casa dos pais.
É onde estou atualmente, na casa da minha mãe que além de mim, abriga meu irmão e sua família, ou seja, é uma casa superlotada!
Além das pessoas, há muitos cães por aqui, são no total 07 poodles, a maioria idosos e um especial.
Quando eu vim para cá, tive que levar Rocky, Marisol e Pérola... Cães grande e cheios de energia.
Resumindo os fatos, minha mãe disse que não tinha possibilidade de ficar com o Rocky, pois ele destruía o jardim, estressava os cães idosos, pulava na piscina... Esse último era o mais preocupante porque se ele pulasse na piscina a noite poderia morrer afogado, enfim, tive que deixá-lo em um local que abriga animais, no caso do Rocky, deixei-o na Pousada Vida Alegre, é um local excelente com 30hm² localizado em Aldeia - PE. Lá, os donos podem deixar seus animais para viajar, por exemplo, ou em época de festas... Não foi o meu caso, quisera eu que fosse.
Lá, além dos animais hóspedes, há também animais para adoção que fazem parte da ONG BRALA.
www.brala.ong.br

Fique muito feliz em saber que em Pernambuco existe uma ONG séria de proteção animal, tanto é, que desejo me tornar uma voluntária e ajudá-los no que for preciso, já que passarei a visitar o local por no mínimo 02 meses.
É isso mesmo, 02 meses é o tempo que pretendo deixar o Rocky hospedado lá na Pousada Vida Alegre, irei visitá-lo toda semana e assim que eu puder... Enquanto isso, reorganizarei minha vida para poder ter o meu "cantinho" de novo, junto com meus animais...
Quando eu peguei o Rocky, prometi a ele que jamais o abandonaria e promessa é dívida. Eu não abandonarei meu cãozinho, ele está lá mas é meu e espero que em breve voltemos a estar juntos!


Sempre penso no bem estar dele, se está comendo direitinho, se está se dando bem com os outros animais, se dão carinho, se ele está triste... Enfim, eu penso muito nele e parte meu coração saber que, no momento, não posso fazer nada para inverter a situação.
Eu acho que essa foi a melhor escolha que eu tomei, digamos que foi a mais sensata!
Deixei o Rocky dia 21/12/2011... O dia mais triste do ano pra mim, bem diferente do dia em que fui buscá-lo na FENAPET em 17/03/2011.
Marisol e Pérola ficaram comigo na casa porque são cadelas calmas e que passa a maior parte do tempo sob meus pés, o Rocky é cão de quintal, adora brincar e fazer peripécias. 
É isso, amanhã irei visitá-lo, embora seja véspera de natal, deixarei toda vaidade de lado para estar junto do meu cachorro querido.
É isso... Nem sempre a vida nos reserva surpresas boas, no meu caso, foram várias desagradáveis, mas essa do Rocky pra mim foi o fim da picada.

Pousada Vida Alegre e BRALA.